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Foram tantos – e todos bem sucedidos – os assaltos que vêm acontecendo há mais de 10 anos na agência do Banco do Brasil em Baião que a Justiça acatou pedido da promotora de Justiça Lorena de Moura Barbosa em Ação Civil Pública e determinou que medidas imediatas sejam tomadas pela Secretaria de Segurança Pública. O efetivo de Baião é reduzido. São, ao todo, 16 policiais e agentes revezando em uma escala de cinco PMs por dia, em 24 horas para cada grupo. Existe apenas uma viatura para atender ao município, que tem vilas e localidades distantes, só acessadas por estradas de terra. 

O MPE-PA requereu que o tenente coronel Roosevelt Wanzeler Fayal, comandante do 32° Batalhão de Polícia Militar, remeta a relação do efetivo de policiais militares que servem o município de Baião e informe de quantos precisa para o satisfatório desempenho das atividades da PM. Além disso, que seja oficiado ao chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-PA) a fim de que forneça o número de habitantes, extensão territorial e população em área urbana e área rural de Baião.
Foi requerida, ainda, liminar para designação imediata do efetivo de PMs necessários, inclusive uma equipe especializada em situações de crise, como o Grupamento Tático, de forma permanente e irrestrita. 

O Estado do Pará alegou ilegitimidade quanto ao pedido de fornecimento de segurança ao Banco do Brasil. Disse que cabe ao banco fazer a segurança de suas agências com vigilantes contratados, com equipamentos e artefatos de segurança. 

Mas o juiz Weber Lacerda Gonçalves entende que vigilantes armados contratados pelos bancos não conseguem impedir ou desestimular ações criminosas do tipo “vapor” (de extrema violência, com uso de armas e escudos humanos), e sentenciou que, em caso de descumprimento, a multa diária será de R$ 20 mil, até o limite máximo de R$ 1 milhão. 

No dia 11 de setembro, por volta das 10:15h, uma quadrilha integrada por dez indivíduos chegou a Baião em uma caminhonete, parou o veículo na esquina da rua Rui Barbosa com a Av. Getúlio Vargas e desceu portando armas de fogo de grosso calibre.
Os bandidos fizeram reféns e se dirigiram à agência do BB, onde efetuaram disparos e, mediante ameaças, levaram todos os valores do local, fugindo em seguida. No caminho, ainda fizeram roubos em uma ótica da cidade, usando escudos humanos. Na zona rural de Baião, avistaram uma caminhonete, obrigaram o motorista a parar o veículo e incendiaram-no sobre a ponte do rio Recreio para impedir a perseguição policial. Seguiram até o Ramal do Angu, às proximidades da Vila Tambaí-Açú, e incendiaram a caminhonete que utilizaram no crime. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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