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Em depoimento ao juiz Sérgio Moro hoje de manhã, através de videoconferência e na condição de testemunha de defesa do lobista Jorge Luz e seu filho Bruno, presos na Operação Lava-Jato, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) negou ter indicado Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa para a diretoria da Petrobras.

Jader admitiu ter conhecido Jorge Luz no início de 1983, no seu primeiro mandato como governador do Pará, e que naquela época o lobista prestava serviços de consultoria para a Cosanpa. Contou ter sido apresentado a Paulo Roberto Costa em um jantar na casa do então presidente do Senado, Renan Calheiros, quando conversaram sobre o biodiesel, no qual a Petrobras estaria interessada em investir e que seu interesse era fomentar o plantio do dendê por meio de empréstimos no Pará. No mesmo jantar, o senador teria conhecido também Cerveró. Mas negou conhecer Fernando Soares, o Fernando Baiano, considerado um operador do PMDB na Petrobras.

Eis algumas das frases de efeito de Jader em seu depoimento à Justiça Federal de Curitiba(PR):

“_ Nunca indiquei ninguém nem para a portaria da Petrobras.”

“— Confesso ao senhor que desconhecia o poder desses dirigentes da Petrobras. Só vim tomar conhecimento em um episódio pitoresco em que o então presidente da Câmara, Severino Cavalcante, disse que estava interessado em indicar um diretor para Petrobras para aquela área que furava poço.”

“— Nunca tinha ouvido falar da existência desse senhor (Fernando Baiano), e me considero um político bem informado.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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