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Um território de exuberante biodiversidade, com área de mais de 2,5 mil Km² e que abrange cinco municípios do arquipélago do Marajó – Gurupá, Anajás, Breves, Portel e Afuá – quase foi leiloado, em maio de 2016para pagar dívidas da empresa paranaense Indústria Trevo Ltda. com fornecedores e empregados.  A atuação do Ministério Público Federal e da Procuradoria do Estado do Pará, comprovando que as terras eram públicas e federais, conseguiu impedir o leilão. Não havia títulos de propriedade, que já tinham sido cancelados por determinação judicial – inclusive por serem maiores de 2,5 mil hectares, o que demandaria uma inexistente aprovação pelo Congresso –, além do fato de serem nulos por ausência de destacamento do domínio público para o domínio particular. Foram requisitadas providências em agosto de 2016 à Secretaria do Patrimônio da União, que nunca atendeu

Agora o MPF reiterou à SPU providências concretas, com plano de trabalho, cronograma e orçamento, no prazo de 15 dias.
A falta de regularização fundiária está agravando a situação de insegurança das famílias ribeirinhas. Para se ter uma ideia da repercussão social, na área há mais de 13 mil famílias beneficiárias da reforma agrária e mais de 15 mil ribeirinhos só em comunidades já reconhecidas pela SPU, sendo que o número de comunidades tradicionais é muito maior porque a maioria dos moradores não foi cadastrada ainda. O
 procurador da República Patrick Colares é o responsável pelo caso.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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