Publicado em: 18 de maio de 2010
Tramitam na Câmara Federal dez projetos de lei tipificando abuso sexual de menores como crime hediondo. Mas quem vai garantir que os monstros não toquem nas crianças?
Para garantir o acesso mínimo à justiça, é preciso que cada município tenha comarca instalada, com pelo menos um juiz, um promotor e um defensor público atuantes e residentes no local.
Enquanto a ausência do poder público se traduzir no abandono, na miséria e na violência, corpos infantis permanecerão à venda por um litro de óleo diesel, um quilo de carne, uma caixa de remédios. Bebês serão conspurcados por criaturas abomináveis, que de humano nada têm. Meninos e meninas prosseguirão traficados e escravizados. A infância não terá porvir.
Enquanto a sociedade não compreender que também é responsável porque fecha os olhos a essa desgraça que é de todos, jamais alcançaremos a plena cidadania. A dignidade física e psicológica de nossas crianças e adolescentes não pode continuar a ser apenas letra morta da lei e proselitismo político.
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