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Nesta quarta-feira, 9, cerca de 80 lideranças indígenas e quilombolas estarão em Santarém, na vila de Alter do Chão, para debater com representantes dos governos federal e estadual a conclusão dos processos de regularização de suas terras, bem como medidas para proteger seus territórios frente à expansão da mineração de bauxita e a retomada dos estudos para construção de usinas hidrelétricas no rio Trombetas.
A Roda de Diálogo é promovida pela Comissão Pró-Índio de São Paulo e o Iepé-Instituto de Pesquisas e Formação Indígena. 

A procuradora da República Fabiana Keylla Schneider, o presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa, o coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Carlos Augusto de Alencar Pinheiro, e o gerente da Região Calha Norte II do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), Joanísio Cardoso Mesquita, confirmaram presença no evento.
Foram convidados também o Incra, a Fundação Cultural Palmares, o Instituto de Terras do Pará e o Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e Remanescentes de Quilombos do governo do Pará. 

Há um processo na Funai da Terra Indígena Katxuyana-Tunayana e outros quatro no Incra e Iterpa para titulação das Terras Quilombolas Alto Trombetas, Alto Trombetas 2, Cachoeira Porteira e Ariramba.
A expansão das atividades da Mineração Rio do Norte dentro das Terras Quilombolas Alto Trombetas e Alto Trombetas 2 é outro ponto na agenda da Roda de Diálogo. 

Em Oriximiná, vivem cerca de 9 mil remanescentes de quilombos, distribuídos em 36 comunidades que ocupam oito territórios coletivos, dos quais quatro estão titulados e um parcialmente titulado. Entre os povos indígenas, as etnias Wai Wai, Katxuyana, Hixkariyana, Inkarïnyana, Kahyana, Tunayana, Txikiyana, Kamarayana, Karafawyana, Mawayana, Okomoyana, Pirixiyana, Txarumayana, Xerewyana, Xowyana, Katwuena, Farukoto, Zo’é têm população em torno de 4,3 mil, distribuída em 47 aldeias, em quatro Terras Indígenas, três já demarcadas e uma em processo de regularização (TI Katxuyana-Tunayana). A Funai confirma a existência também de índios isolados. 

Durante o encontro será lançado o livro “Entre águas bravas e mansas. Índios & quilombolas em Oriximiná”, publicado pela CPI-SP e Iepé. Leiam a versão digital do livro aqui

O vídeo da campanha Índios & Quilombolas de Oriximiná, da CPI-SP, está disponível aqui.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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