0

Vocês não podem perder a montagem de “A Rainha Louca”,  ópera do compositor português Alexandre Delgado, que estreou hoje no Festival Internacional de Música do Pará e vai ter mais duas récitas, nos dias 8 e 10 de junho, sempre às 18h, na Igreja de Santo Alexandre, na Cidade Velha, em Belém. O espetáculo foi encenado a primeira vez em Lisboa  no ano de 2011 e é inspirado na figura trágica da rainha D. Maria I, de Portugal, mulher culta e sensível, que ficou conhecida pelo apelido de “A Piedosa”, pela sua extrema devoção religiosa.
As cenas remetem ao reinado de D. Maria I, filha de D. José, que morreu louca no Rio e que entre outras obras mandou edificar as Basílicas da Estrela, em Lisboa; de Santa Quitéria de Meca, em Alenquer; e foi responsável pela criação da Academia das Ciências e da Biblioteca Nacional, e promoveu, ainda, a primeira expedição científica à Amazônia. 

A ópera é dividida em dois atos e o o elenco é exclusivamente feminino, integrado pelas cantoras líricas Ana Ester Neves, Ana Paula Russo, Maria Teresa Menezes e Suzana Teixeira, acompanhadas pela Orquestra de Câmara Toy Ensemble, formada por músicos portugueses. D. Maria I é a rainha louca, enclausurada num mundo de sonho e demência, por entre ecos da Revolução Francesa e do início da derrocada do Antigo Regime. A montagem tem a participação de cantores líricos do Núcleo de Ópera do Instituto Carlos Gomes e bailarinos da Companhia de Dança Ana Unger.
É a segunda ópera da chamada “Trilogia da Loucura”, de Alexandre Delgado, iniciada com O Doido e a Morte, que estreou no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, em 1994. Levada à cena no Theater Am Halleschen Ufer, em Berlim, em 1996, a primeira ópera da trilogia teve a sua sexta produção no Teatro de Almada, em 2014. 

O XXIX Festival Internacional de Música do Pará começou ontem e vai até o próximo dia 12 de junho, com linda e extensa programação, elaborada pela Fundação Carlos Gomes. Aproveitem que é tudo gratuito.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Biblioteca Vicente Salles e Música e Músicos do Pará

Anterior

Deputada parauara preside a Unale

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *