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“Hoje, trago ao conhecimento desta Casa e da cidadania brasileira que nos acompanha, os fatos que estão expostos na mídia local e nacional e que são o centro de uma grave crise de credibilidade por que passa o Legislativo do Pará.
Refiro-me às denúncias da existência de um criminoso esquema de fraudes na Assembléia Legislativa do Estado do Pará – ALEPA, as quais ensejaram a proposição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pelo deputado Edmilson Brito Rodrigues do PSOL, no intuito de que a própria Assembléia seja protagonista no processo investigatório, dando assim a resposta que a sociedade paraense exige.
A instalação da CPI na ALEPA e a correta apuração dos fatos são consoantes com o momento que vive a sociedade brasileira de se expressar para dar um basta na corrupção que é praticamente endêmica no País. Basta lembrarmos a mobilização em torno da aprovação da Lei da Ficha Limpa e da indignação causada pela decisão do Supremo de não aplicá-la para as eleições de 2010. Há um clamor para que os representantes do povo em todas as esferas, mas em particular no Legislativo, se contraponham ao rótulo de que todo político é desonesto, é corrupto.
Nosso pedido de CPI não está direcionado contra qualquer partido ou ex-parlamentar ou parlamentar no exercício do mandato. Nem pretende centralizar seus esforços na análise apenas dos atos da gestão anterior, porque são fartos os indícios que dão conta da longevidade do esquema criminoso que lá se instalou.
O PSOL, partido que tenho a honra de liderar nesta Casa, ao propor a CPI no Pará, soma-se às vozes dos mais diferentes segmentos sociais, como por exemplo, da OAB- seccional do Pará, instituição de elevada credibilidade, que manifestou oficialmente seu apoio e seu apelo para que a mesma seja instalada o quanto antes, como forma de resgate da autoridade e da legitimidade do Legislativo Paraense.
Por fim, quero parabenizar a ação do Ministério Público Estadual que está conduzindo a apuração dos fatos de forma rigorosa e de acordo com seu papel constitucional.
A completa elucidação da trama fraudulenta, com a devida identificação de todos os envolvidos, é o que o povo do Pará espera de seus representantes e é ao mesmo tempo, uma prestação de contas aos anseios expressos da sociedade brasileira pela ética na política.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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