Publicado em: 24 de junho de 2017

Ronaldo, Juliana e Paulo Fonteles Filho
Em 11 de junho de 1987, por volta das 11 horas da manhã, o ex-deputado estadual Paulo Fonteles estava sentado no banco do carona na Chevy placas BB 7072 que o levaria até Capanema, aguardando o abastecimento no posto de combustível Marechal 4, na BR-316, à altura da Alça Viária, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém do Pará, quando um pistoleiro desceu de um Fusca de cor cinza, sem placas, foi até a janela do carro e com três tiros ceifou a vida do primeiro presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e um dos líderes da resistência à ditadura militar de 1964, preso e torturado nos porões do regime e sobrevivente da operação que extinguiu a guerrilha do Araguaia. Trinta anos depois, o covarde assassinato por encomenda, anunciado com antecedência pela própria vítima da tribuna da Assembleia Legislativa, até hoje está impune. Este ano, a sessão solene requerida pelo deputado Carlos Bordalo (PT) que seria realizada no próximo dia 26, foi transferida para o dia 28 de agosto, quando haverá um evento mais amplo da Alepa em memória ao saudoso parlamentar, advogado da Comissão Pastoral da Terra e ativista social.
Em sintonia com os filhos Paulo Fonteles Filho, Juliana Fonteles, Ronaldo Fonteles e João Fonteles e a ex-esposa Hecilda Veiga, além do deputado Bordalo, o presidente da Casa, deputado Márcio Miranda, vai inaugurar o espaço cultural da Assembleia com uma programação evidenciando o protagonismo e a coragem de Paulo Fonteles na luta pelos direitos humanos e sua importância para o Parlamento.
Paulo Fonteles foi um dos deputados mais atuantes que o Pará já teve, defendia direitos igualitários para homens e mulheres, reforma agrária, melhores condições de trabalho, justiça e democracia. A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor – instituída na Assembleia Legislativa do Pará por Paulo Fonteles – eterniza o nome de seu idealizador, desde a aprovação unânime do projeto de Resolução nº32/2015, da lavra de Bordalo.
Movimentos sociais, OAB-PA, estudantes, lideranças políticas e a sociedade em geral estão convidados a prestigiar o evento, que será aberto a todos e de livre acesso.
Comentários