Hoje a sessão da Assembleia Legislativa foi agitada. Cumprindo o que prometeu na semana passada, o deputado Aveilton Souza foi à tribuna rebater as críticas do deputado Rogério Barra, por conta da recusa em subscrever requerimento para concessão de título de Cidadã do Pará à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Além de se defender, Aveilton aproveitou para espicaçar Rogério Barra, lembrando que ele foi correligionário do governador Helder Barbalho, tanto que compôs o secretariado no início do seu primeiro governo, como titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, e que só passou à oposição depois que a aliança não deu certo. Ao final do discurso, foi abraçado pelos deputados presentes no plenário.
Na hora do pronunciamento do deputado Aveilton, Rogério Barra estava ausente. Quando chegou, usou a tribuna para fazer a tréplica, que foi violenta. Começou propondo cinco segundos de silêncio “em razão do falecimento de Aveiton Bolsonaro”, e após esse tempo, deu as boas-vindas a “Aveilton Barbalho”. Rogério Barra usou expressões inadequadas ao rito regimental, a ponto de o deputado Aveiton ter saído de sua cadeira para protestar e o presidente da Alepa, deputado Chicão, ter precisado interromper a sessão para mandar retirar dos Anais da Casa as palavras que ferem o decoro parlamentar.
Barra prosseguiu a ofensiva e, para espanto geral, disse que iria fazer uma enquete, para saber se o deputado Aveilton é “um surfista, um traidor ou um melancia” e de repente se abaixou, pegou uma melancia partida e, comparando-a com o seu companheiro de partido e desafeto (verde por fora e vermelho por dentro), passou a devorar a melancia, dando a primeira mordida ainda na tribuna e levando-a até o seu assento, que fica ao lado de Aveilton, a quem ofereceu um pedaço.
A cena ensejou manifestações de vários parlamentares, todos em tom conciliatório, inclusive o deputado Delegado Toni Cunha, também do PL, que surpreendeu com a sua versão “paz e amor”. O clima estava tenso, mas não houve qualquer incidente que prejudicasse a pauta da sessão, que encerrou já às 14h, com todas as matérias esgotadas.
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