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A vigésima-sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B reservou emoções contrastantes para os representantes do Pará. Paysandu e Remo saíram de campo com empates, mas a forma como cada resultado foi digerido mostra o momento distinto vivido pelas equipes na competição.
No sábado (13), no Mangueirão, em Belém-PA, o Paysandu recebeu o América-MG. O Papão até buscou pressionar e criou boas oportunidades, mas não conseguiu superar a defesa mineira. O confronto terminou em 0 a 0, resultado que frustrou os torcedores que compareceram e que nutriam a esperança pelo fim da sequência de derrotas. Agora, são 9 jogos sem vitória, com 4 empates e 5 derrotas. O jogo marcou também a reestreia de Márcio Fernandes no comando técnico bicolor.

O empate mantém o Paysandu em situação delicada na tabela, segurando a “lanterna” da competição, com apenas 22 pontos. A equipe acumula tropeços e vê aumentar a pressão para conquistar pontos. A dificuldade em transformar volume de jogo em gols é um dos principais entraves no caminho da recuperação bicolor. O desempenho do time em campo é nítido reflexo de uma temporada muito mal planejada pela diretoria.

Enquanto isso, também no sábado, o Remo foi até Goiânia enfrentar o Vila Nova no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. O Vila saiu na frente com gol de Gabriel Poveda, mas acabou cedendo o empate em um lance fortuito: Júnior Todinho desviou contra a própria meta e decretou o 1 a 1 final.

O ponto conquistado fora de casa mantém o Remo em ótima posição na tabela, bem próximo do G-4. Ao Remo tem sobrado sorte e faltado desempenho, em especial nos jogos fora de casa. A equipe azulina tem mostrado regularidade, mas precisa engatar uma sequência de triunfos para sonhar mais alto na Série B.

A diferença de contextos ficou evidente após a rodada. O empate do Remo foi recebido como ponto a ser valorizado, mantendo vivas as pretensões de um possível acesso à Série A em 2026. Já o Paysandu vê o 0 a 0 como oportunidade perdida, especialmente em um campeonato tão equilibrado, onde cada vitória pode significar a diferença entre lutar pelo acesso ou pela permanência.

Para o Papão, a necessidade imediata é corrigir a baixa efetividade ofensiva e transformar as poucas chances criadas em gols. Os bicolores só fizeram 21 gols em 26 partidas, o que é o retrato de um time inoperante em vários níveis. Para os azulinos, o desafio é manter a consistência de resultados dentro de casa, consolidando uma campanha que ainda pode trazer boas surpresas.

A Série B segue mostrando sua característica mais marcante: a imprevisibilidade. A rodada 27 apresentada a ida do Paysandu à capital goiana para enfrentar o favorito Goiás, que luta pelo título da competição. O duelo Pará X Goiás acontece também em Belém: o Remo reabre as portas do Baenão para receber o Atlético-GO.

Enquanto o Paysandu luta contra o “fantasma” da degola, o Remo mantém viva a esperança de sonhar com voos mais altos.

Foto: Bruno Amâncio (Paysandu-América)

Rodolfo Marques
Rodolfo Marques é professor universitário, jornalista e cientista político. Desde 2015, atua também como comentarista esportivo. É grande apreciador de futebol, tênis, vôlei, basquete e F-1.

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