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A Dulce Rosa Rocque, presidente da Associação Cidade Velha, Cidade Viva,
está indignada, com toda razão. Mês sim, e outro também, o casario da Cidade
Velha, em Belém, tem sua fachada modificada radicalmente, para incluir portões
e garagens, sem qualquer autorização.

A redução
do IPI levou os moradores do bairro a comprar carros. A experiência de
estacionar na rua, sobre as calçadas de lioz, não deu certo, nem tanto pelas
multas que raramente a Semob  faz, mas
pela ação dos delinquentes à noite.
E aí os donos de casas centenárias começaram
a febre das “portas alargadas
para abrigar carros.  No último sábado,
uma casa datada de 1813, situada na Rua Dr. Malcher, foi alvo da sanha de seus
ocupantes. Derrubaram a porta e transformaram-na em portão.

Desta
vez, porém, o Iphan estava por perto e chegou a ver os ‘trabalhadores‘ causando dano ao patrimônio histórico, relata Dulce
Rosa, embora ninguém saiba exatamente o que acontece depois que os órgãos
competentes descobrem o fato, até porque casos denunciados continuam do mesmo
jeito. Talvez existam processos em curso; entretanto, os outros veem que nada
aconteceu e fazem igual. E assim o patrimônio tombado perde suas características
e a memória de Belém, às vésperas dos 400 anos, vai pelo ralo.
O problema de estacionamento de carros na
Cidade Velha demanda providências urgentes.  A falta de fiscalização para cumprimento do
Código de Postura do município é gritante. Confiram as fotos.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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