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O delegado geral Rilmar Firmino rebateu de forma, digamos, contundente, hoje, em Tucuruí, as críticas quanto às investigações relativas à série de execuções de políticos com mandato no sudeste do Pará.  Foram cinco, de janeiro do ano passado até hoje. Ele afirmou não ter dúvida de que vão chegar aos criminosos, “ao contrário das declarações irresponsáveis de deputados que não têm compromisso com a verdade, que usam da imunidade parlamentar para semear a discórdia e dizer que a polícia não investiga“, alfinetou

Enfatizando que foi desvendado o caso de Goianésia, Rilmar Firmino contou que pouca gente sabe mas o prefeito João Gomes, o Russo, foi morto a mando do finado vereador Zé Ernesto (também assassinado a tiros, no dia 18 de fevereiro deste ano, menos de um mês depois da morte de Russo). O pistoleiro que executou Russo está preso, foi capturado no Piauí, e os que mataram o prefeito de Breu Branco, Diego Kolling, “daqui a pouco” serão presos, asseverou o delegado. 

Rilmar Firmino também revelou que as execuções, como todo mundo já desconfiava, estão interligadas e são consequência do envolvimento dos políticos com uma máfia que atua na região. Sem dar nomes aos bois ou esclarecer de que exatamente se trata, o delegado geral mencionou que, “infelizmente, na política, pessoas de bem acabam fazendo acordos espúrios, e assim acaba acontecendo como acontece no tráfico de drogas“, e que “se trata de cobiça, de ambição pelo poder, como foram os casos de Goianésia, de Breu Branco, já temos elementos suficientes para dizer que foi isso”.

O delegado geral adiantou, ainda, que os prefeitos assassinados – “pessoas de bem, que não tinham inimigos e não viviam na bandidagem” – fizeram articulações com gente errada, e concluiu que “dentro da política tem algumas articulações que acabam com as pessoas de bem pagando com a vida“.

Equipes da Divisão de Homicídios, da Superintendência Regional e da Seccional de Polícia Civil de Tucuruí, além da Inteligência da Segup, estão investigando o assassinato do prefeito Jones Willian. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Praia do Tucunaré, em Marabá(PA)

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