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Em 2013, o grupo especial de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho e Emprego flagrou 29 pessoas em condições semelhantes às de escravos em Medicilândia(PA). Doze delas tinham entre 5 e 16 anos e três eram adolescentes menores de 18 anos e trabalhavam no manuseio e colheita do cacau. Usavam facões, podões e outros instrumentos cortantes, e eram obrigados diariamente a  movimentos repetitivos e a carregar cargas superiores a 30 quilos. Além das condições degradantes eram impedidos de sair do lugar e não tinham direitos trabalhistas. Agora, um comerciante e um agricultor foram denunciados pelo MPF pela prática.

As vítimas roçavam, faziam o desbrotamento, retirada de árvores caídas, colheita, secagem, ensacamento, adubação, aplicação de inseticidas e herbicidas, despiolhamento, poda e entrega da colheita. Não tinham acesso a água potável e a condições sanitárias mínimas, e quando propriedades vizinhas usavam agrotóxicos sofriam diarreia e dores de cabeça. 

A foto é do documentário “O lado negro do chocolate”, que pode ser assistido aqui.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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