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Walcyr Monteiro na Escola Donatila Lopes
No Brasil, menos da metade (45%) da população costuma ler entre três a quatro livros por ano. No Pará, com a enorme riqueza das narrativas orais e do imaginário popular, a contação de histórias tenta suprir essa carência de leitura, problema nacional. Várias iniciativas pontificam nesse sentido, uma delas a de alunos e ex-alunos da Universidade do Estado do Pará, criadores, em 1999, do projeto de extensão Grupo Griot, na linha Contadores de Histórias, que integra o Núcleo de Pesquisas Culturais e Memórias Amazônicas (Cuma) e encerrou ontem o II Colóquio de Contadores de História da UEPA, com repertório baseado no escritor Antônio Juraci Siqueira. 

O nome é oriundo da França, mas o significado é mundial. O Griot significa Homem Memória. O contador de história narra histórias literárias em locais públicos ou em programações específicas, envolvendo e encantando a plateia com sua performance. A temática das lendas amazônicas faz lembrar as histórias contadas na infância e cativa ouvintes de todas as idades.

O escritor Walcyr Monteiro é um dos mais requisitados contadores de histórias do Pará. Percorre o interior semeando o prazer da leitura em suas apresentações, principalmente em escolas. A última foi a Escola Municipal Donatila Santana Lopes, de Mosqueiro, como registra a foto. Sem dúvida, uma atividade que merece ser incentivada tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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