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No
próximo dia 11 de dezembro nós, paraenses, teremos a oportunidade de nos
manifestar direta e oficialmente a respeito da divisão do nosso Estado. Será um
exercício de cidadania. Entretanto, nem todos parecem compreender a importância
desse evento cívico.
Recentemente
– e com justa razão, aliás, visto que não se trata de nascido, criado ou
morador do Pará -, o jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador da TV
Record, causou estranheza ao falar como entrevistado na propaganda política do
“Sim”.  Ninguém entendeu o
porquê de um jornalista de fora vir dar
pitaco
em terras parauaras.
Ontem,
o jornalista paraense Felipe Faraon, exercendo suas atribuições profissionais,
publicou matéria acerca da polêmica suscitada por Amorim, no portal
Terra
, do qual é correspondente. Limitou-se a repercutir as reações, sem
tecer comentários. Pra que! O blog Cidade
de Santarém
adotou uma postura raivosa, atacando o jornalista e incitando
pessoas – vejam só! – a denunciar sua postura junto à empresa em que trabalha.
A
primeira coisa que um verdadeiro cidadão deve aprender é respeitar a
pluralidade de opiniões e os princípios constitucionais. Felipe apenas exerceu
sua profissão de jornalista, de modo correto. Se for partidário do “Não”, é
direito seu como parauara se expressar e votar. Chega da política do ódio, que
leva a lugar nenhum. É hora do debate democrático, do livre convencimento. Que
vença a vontade da maioria, sem violência nem censuras.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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