0

Uma cadeira plástica encostada no muro do Bosque Rodrigues Alves é o posto de fiscalização da empresa de ônibus Dom Manoel. Misturada aos carrinhos de comida, banca de DVD e passageiros.

Em frente ao improvisado guichê de fiscalização, do outro lado da avenida Lomas Valentinas, o Posto e Loja Invencível apropria-se diariamente do espaço público, transformando-o em estacionamento privado.

Um motociclista, sem capacete e com uma sandália havaiana dois números menores que seu pé, cruza impune e impavidamente três importantes avenidas, a Senador Lemos, a Doca de Souza Franco e o Boulevard Castilhos França, até estacionar garbosamente na porta do Mercado de Peixe.

O que significam estas cenas? Nada. Apenas cenas de uma cidade institucionalmente, privadamente e publicamente consumida.

(Adelina Braglia, em seu blog Monólogos de Nova Déli)

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Banalização do crime

Anterior

Escandalômetro nas alturas

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *