0

A carpintaria naval é uma ciência amazônica: os caboclos não têm estudos náuticos, mas são capazes de fazer barcos com perfeição. No Pará, em todos os municípios ribeirinhos há craques nesse ofício.

Pesquisadores do Museu Goeldi inventariam espécies vegetais usadas na construção de embarcações por moradores da Comunidade de Vila da Penha, na Resex Maracanã.

Nos cascos, construídos com peça única – um tronco de árvore é escavado, depois atracado com madeira e cipós para secar e forçar a abertura na medida desejada -, as espécies utilizadas são Gonçalo e Tatajuba. Já nas canoas, que podem ser movidas a vela ou a motor, são usadas as mesmas espécies dos cascos, e na lateral tábuas de Louro Itauba. Nas lanchas e barcos de pesca, o fundo é de Piquiá ou Sapucaia. No toldo e no convés, Angelim Vermelho, Sucupira Amarela e Cumaru; para a quilha, Ipê amarelo e, nas laterais e na cobertura, o Louro Itauba.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Novo atraso da EPE

Anterior

Triste ranking

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *