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Mangal das Garças. Foto: Carlos Sodré
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Vista do Forte do Presépio
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Teatro da Paz. Fotos: Cláudio Santos
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Vista aérea. Foto:Cristino Martins
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Feira do Açaí. Foto: Tássia Barros
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Igreja de Santo Alexandre. Foto: Rodolfo Oliveira
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Estação das Docas. Foto: Flavya Mutran
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Casa das Onze Janelas. Foto Luiz Braga
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Mercado de Peixe no Ver-O-Peso. Foto Carlos Sodré
Em homenagem a esta linda cidade que me acolheu há 35 anos e que eu amo demais, nada melhor do que a música de seus ícones, em seu aniversário!
Bom dia, Belém
(música de Edyr Proença e letra de Adalcinda Camarão)
Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de ausência me acordam
Luando telhados que a chuva cantou
O que é que tens feito
Que estais tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mas sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei
Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe,
Meu sol, minha rede, meu tambatajá
A sesta, o sossego da tarde descalça,
o sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível na flor se embrulhando
Com medo das asas do galo cantando
E um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar
Me abraça apertado que eu venho chegando
Sem sol e sem lua, sem rima e sem mar
Coberta de neve, lavada no pranto
Dos ventos que engolem cidades de ar
Procuro meu quarto de vela azulada
Que foi de panada sumindo sem dó
Procuro a lembrança da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó
Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a “chuva das duas ” que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!
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