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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não aguentou a enorme pressão do PT e caiu. Para agradar Lula, que já vinha demonstrando publicamente sua antipatia pelo ministro, a presidente Dilma Rousseff nomeou o ex-procurador-geral de Justiça da Bahia, Wellington Cesar Lima e Silva, que é unha-e-cutícula com Jaques Wagner, o chefe da Casa Civil.

Cardozo será o novo Advogado-Geral da União, em substituição a Luís Inácio Adams, que já tinha pedido o boné há meses. Aliás, em carta aberta à Presidência da República, Carlos Marden Cabral Coutinho, Galdino José Dias Filho e Lademir Gomes da Rocha, os três advogados públicos federais que compunham a lista tríplice para a AGU, pediram a aceitação da iniciativa para escolha do sucessor de Adams. Não adiantou. 

Dilma aproveitou para nomear Luiz Navarro para a Controladoria-Geral da União. Ele já foi secretário-executivo e corregedor-geral da CGU. 

José Eduardo Cardozo sempre foi prestigiado por Dilma mas caiu em desgraça porque não barrava as atividades da Polícia Federal, especialmente nas investigações da Operação Lava Jato, que atingiu em cheio importantes quadros do PT.

Adivinhando o que estava para se concretizar, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal divulgou hoje cedo nota manifestando apreensão com a mudança na pasta da Justiça: “Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal. Os Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou. Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias. Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal.”
Se exonerarem o diretor-geral da PF, será um escândalo à parte.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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