0
 
É incrível a falta de noção de algumas pessoas. Fui ao cinema no Shopping Boulevard, hoje, levar meus sobrinhos para assistirem “Frozen, uma aventura congelante“, o lançamento da Disney, na sessão das 18:45h. Compramos os ingressos com antecedência, para evitar os tumultos de última hora. 

Pois bem: na fila para a pipoca, uma família inteira, sem a menor cerimônia, furou direto no caixa, aproveitando-se da presença de um amigo na posição estratégica. Apesar da chateação pela demora, ninguém brigou com os espertinhos. Chegando à sala, com lugares marcados, metade dos nossos estavam ocupados por uma senhora e sua filha. Como havia poltronas vazias ao lado, optei por não reclamar, e nos acomodamos ao lado. Tive que perguntar se eu podia utilizar o porta-copos para a minha garrafinha de água, porque a dita senhora ocupara os dois laterais: um com refrigerante e o outro com guardanapos e canudinhos de plástico. Felizmente ela assentiu, eu agradeci e começamos a assistir ao filme.

Acontece que aí chegou um casal com uma criança, querendo sentar; falei para a senhora que ela estava nos nossos lugares e que deveria ocupar o seu. Ela admitiu que estava na fila errada mas não levantou. O casal foi se queixar ao lanterninha, que nada tinha de diminuto e ficou na minha frente enquanto tentava convencê-la a lhe entregar os seus ingressos, para verificação dos lugares corretos. Nada. A senhora entrou no clima de “daqui não saio, daqui ninguém me tira.” 

Quando finalmente mostrou os ingressos, o lanterninha verificou que eram para duas poltronas em outra fila, e separadas. Ela alegou, então, que estava com uma criança. Mas o casal também estava. O cinema inteiro, aliás. Foi uma agonia. Ela dizia que só iria para outra fila se ele arrumasse duas poltronas juntas. O lanterninha argumentava que ela comprara ingressos separados, não podia exigir ficar junto. Ela perguntava como iria deixar a filha sozinha, ele a aconselhava a deixar a filha no colo, ou então que pedisse a outra pessoa, mas tinha que liberar aquelas poltronas. A menina começou a chorar. Uma coisa. Até que as duas resolveram sair. No meio da confusão, os meus óculos 3D caíram e não consegui encontrá-los até o fim da sessão. Que assisti sem efeitos especiais e encolhida porque a outra senhora que ficou ao meu lado estava com os cotovelos avançando perigosamente no meu espaço aéreo. Só mesmo a imensa alegria de estar com minha filha e meus sobrinhos para não perder o bom humor.

Aposto que a maioria de vocês já sofreu com gente que vai ao cinema e põe os pés na poltrona à sua frente; que fica falando alto ao celular; conversando alto com os amigos; ou sacudindo a poltrona dos outros. Além dos furões e turrões, é claro.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Acidente fere gravemente 3 da família Novelino

Anterior

Coleta de doações em Belém a desabrigados em Abaeté

Próximo

Você pode gostar

Comentários