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Ontem (26), um veículo desgovernado atropelou pelo menos quatro pessoas – duas mulheres e duas crianças – no Esther Lanches, na esquina da Trav. Monte Alegre com a Rua de Óbidosbairro daCidade Velha, em Belém do Pará. As vítimas foram resgatadas por equipe do Corpo de Bombeiros Militar e levadas a um hospital. O carro foi parar dentro da lanchonete e a condutora apresentava sinais visíveis de embriaguez. Em 2012, no mesmíssimo local, a própria dona do estabelecimento e um empregado foram atropelados por um carro que também subiu a calçada.

Pois bem. Hoje, menos de 24h depois, a lanchonete já está com mesas e cadeiras não só ocupando toda a calçada mas também parte da rua, expondo os frequentadores a alto risco de morte. Decerto não é a única em Belém a fazer isso. Em todos os bairros, dos mais “nobres” à periferia, há uma profusão de bares, restaurantes, boates e lanchonetes a ocupar calçadas e ruas, impedindo o ir e vir de pedestres – direito de cidadania mais comezinho -, que são obrigados a disputar espaço com os carros no meio da pista. De cadeirantes e pessoas com baixa visão nem se fala.

Todo mundo vê mas ninguém fiscaliza, e quando acontece uma tragédia as autoridades agem como se de nada soubessem.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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