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O Grêmio Recreativo Beneficente Jurunense Rancho Não Posso Me Amofiná “causou” nesta manhã ao anunciar seu tema para o Carnaval de 2026, “Celso Sabino, Guerreiro da Amazônia”, com essa fotomontagem em destaque.

Salientando que o samba-enredo será “um canto em defesa da floresta e um grito de amor pela Amazônia”, exaltando “a força, a coragem e o legado de quem luta pelo verde e pelo povo”, a escola de samba abalou o meio carnavalesco, jornalístico e, obviamente, o serpentário político parauara. Afinal, Celso Sabino já se lançou pré-candidato ao Senado e ano que vem tem eleições.

Logo choveram comentários negativos nas redes sociais. Os internautas acentuaram o paradoxo: Celso Sabino – enquanto deputado estadual, federal, secretário de Estado de Trabalho Emprego e Renda do Pará, presidente do Instituto de Metrologia do Estado do Pará (Imetropará)e atual ministro do Turismo – jamais se alinhou em defesa dos povos originários e do meio ambiente. Ao inverso: votou a favor do Marco Temporal, para restringir o direito dos povos à demarcação de suas terras. Também votou a favor do projeto de lei que libera a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em Terras Indígenas e Unidades de Conservação, pacote da destruição de políticos sem preocupação com a Amazônia e o Meio Ambiente, que além de inconstitucional fere acordos internacionais dos quais o Brasil faz parte, como a Convenção 169 da OIT. E ainda por cima foi autor da PEC da Blindagem, destinada a proteger parlamentares criminosos.

Para espanto geral da nação, o post do Rancho Não Posso me Amofiná e a matéria de um site ligado ao ministro foram retirados do ar, sem qualquer explicação.

Cai o pano e o queixo.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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