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A Universidade Federal do Pará aprovou, em reunião do Conselho Universitário nesta quinta-feira, 2, a concessão do título de doutora honoris causa à atriz Dira Paes. A proposição foi do curso de Cinema, da Faculdade de Audiovisuais e do Instituto de Ciência das Artes, encaminhada pelo reitor Gilmar Pereira da Silva, que realçou a importância de homenagear personalidades cuja trajetória artística e social contribui para a afirmação da identidade amazônica e o fortalecimento da cultura brasileira. A entrega está prevista para ainda este ano, na UFPA.

Dira merece muito esta que é a maior honraria que uma Universidade pode conceder. Nascida em Abaetetuba (PA), em 30 de junho de 1969, estreou no cinema em 1985, aos 16 anos, no filme “A Floresta das Esmeraldas”. Em quarenta anos de carreira, é uma consagrada atriz, produtora e diretora, além de apresentadora. Poderia ter se acomodado à fama, à fortuna e à linda família que conquistou. Mas sempre sentiu necessidade de uma atuação cidadã, em defesa dos direitos humanos. Nunca esqueceu seu estado e as imensas mazelas sociais que permanecem através da décadas. E tem usado a sua visibilidade para terçar armas em defesa das populações vulneráveis, do meio ambiente e de princípios como a justiça, a igualdade e a liberdade.

Ela se destacou em filmes como “Dois Filhos de Francisco”, “Amarelo Manga”, “Corisco & Dadá” e  e “Pureza”; na TV em novelas como “Pantanal” e séries como “A Diarista”, e no teatro com a peça “Capitães da Areia”. É uma das atrizes mais premiadas do cinema brasileiro, com três Kikitos do Festival de Gramado e cinco troféus Candango do Festival de Brasília, incluindo dois troféus Grande Otelo, dois Prêmios APCA, três Prêmios Guarani, dois Prêmios Qualidade Brasil, e um Prêmio Extra. Idealizadora e diretora-executiva do Festival de Belém do Cinema Brasileiro, além de ser uma das fundadoras da ONG Human Rights Movement (Movimento Humanos Direitos – MHuD), que reúne atores, intelectuais, professores, cartunistas e jornalistas, combatendo o trabalho escravo, abuso de crianças e adolescentes, crimes ambientais. 

Dira Paes brilha no mainstream da teledramaturgia brasileira, nos palcos e no cinema independente e autoral. E resplandesce como cidadã que brande sua arte por um mundo melhor para todos. Viva Dira!

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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