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adversário oferece brechas. O time em campo é um retrato da gestão fora dele.

Neste contexto, a temporada 2025, para o Paysandu, já parece um capítulo perdido. Mais do que buscar um milagre improvável nas rodadas finais, o melhor caminho talvez seja iniciar desde já o planejamento para 2026. Um diagnóstico honesto sobre os erros de gestão, a reformulação do departamento de futebol e a montagem de um elenco competitivo são passos urgentes para evitar que a queda se transforme em um ciclo ainda mais longo de sofrimento.

A situação de Remo e Paysandu serve como alerta para o futebol paraense. Em uma Série B cada vez mais equilibrada e exigente, com um nivelamento técnico por baixo, a margem para improvisos é mínima. Quem erra na escolha de treinador, na montagem do elenco ou na leitura da competição paga caro. A rodada 27 escancarou que, enquanto outros clubes planejam o futuro, os gigantes do Pará ainda lutam para entender o presente.

Restam poucas rodadas para o fim da Série B, mas o recado já está dado. Para o Remo, ainda é possível sonhar com uma arrancada, embora a troca de comando imponha riscos e incertezas. Para o Paysandu, a missão é mais dura: encarar a realidade, reorganizar as bases e evitar que um ano de fracassos se torne uma era de quedas.

O futebol paraense, que já viveu dias de protagonismo, precisa reagir – e rápido – para não se tornar figurante permanente no cenário nacional.

Crédito da foto: Renan Melo (feita no dia 20.09.2025, no Baenão, quando do jogo entre Remo-PA e Atlético-GO)

Rodolfo Marques
Rodolfo Marques é professor universitário, jornalista e cientista político. Desde 2015, atua também como comentarista esportivo. É grande apreciador de futebol, tênis, vôlei, basquete e F-1.

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