Publicado em: 19 de agosto de 2025
A senhora Amelia Almeida de Oliveira, de 83 anos, viajou de Oriximiná a Belém para uma revisão médica. Paciente cardíaca, ela foi submetida a uma angioplastia com colocação de stents há dez meses, o que torna o acompanhamento especializado essencial para sua saúde.
Surpreendentemente, os primeiros exames — laboratoriais e considerados básicos — foram negados pela Unimed Belém, mesmo sendo Dona Amelia titular de um plano com cobertura nacional, contratado pela Unimed Oeste do Pará. A justificativa dada é de que o atendimento à Unimed Oeste do Pará está suspenso na área de cobertura da capital, o que causou perplexidade à família. Um plano de mensalidade mais elevada havia sido escolhido justamente para garantir o acompanhamento em Belém. Ela, como é óbvio, precisará fazer exames mais complexos.
Ao buscar esclarecimentos, a filha da paciente, a professora Vânia Oliveira, foi orientada por um atendente via WhatsApp a procurar a Unimed Oeste do Pará. No entanto, a central de atendimento ao cliente, sediada em Santarém, não atende às ligações, e o aplicativo da operadora, que deveria disponibilizar informações sobre o plano e a carteirinha digital, está inoperante.
É inaceitável que uma idosa cardiopata, cliente de um plano de saúde pago regularmente, seja desassistida no momento em que mais precisa. O episódio mostra não apenas falhas operacionais e de comunicação, mas desrespeito com a dignidade e o direito à saúde de uma paciente vulnerável. A Unimed Belém e a Unimed Oeste do Pará devem explicações e, sobretudo, providenciar imediato atendimento à Dona Amelia.



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