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Um dos mais belos símbolos do apogeu do Ciclo da Borracha, o centenário Mercado de São Brás, inaugurado em 21 de maio de 1911 em Belém do Pará, cuja arquitetura concebida pelo arquiteto italiano Filinto Santoro mistura elementos neoclássicos com art nouveau, ferro e vidro, ao invés de orgulho é motivo de vergonha dos belemenses. O prédio grandioso, construído para atender a movimentação comercial gerada pela extinta ferrovia Belém/Bragança, está em ruínas, abandonado pela prefeitura. Até o posto da guarda municipal o prefeito Duciomar Costa mandou retirar. A prefeitura lava apenas a área externa do mercado, e só a cada dois meses. A precária limpeza interna é feita por uma cooperativa contratada pela própria Associação de Empreendedores do Mercado de São Brás, integrada por feirantes e artesãos. O local abriga, além de monturos de lixo, assaltantes e moradores de rua e é palco de tráfico e prostituição.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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