Publicado em: 7 de janeiro de 2012
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
confirmou que uma criança de 8 anos, da etnia Awá-Gwajá, de índios isolados, foi
assassinada e queimada por madeireiros na Terra Indígena Araribóia, no
município de Arame, a 476 Km de São Luís (MA). Lideranças do povo Guajajara (ou
Tenetehara) da aldeia Zutiwa, denunciaram a selvageria.
confirmou que uma criança de 8 anos, da etnia Awá-Gwajá, de índios isolados, foi
assassinada e queimada por madeireiros na Terra Indígena Araribóia, no
município de Arame, a 476 Km de São Luís (MA). Lideranças do povo Guajajara (ou
Tenetehara) da aldeia Zutiwa, denunciaram a selvageria.
O corpo foi encontrado carbonizado em outubro do ano passado num
acampamento abandonado, a cerca de 20 Km da aldeia Patizal do povo Tenetehara.
A Funai foi informada do episódio em novembro mas nenhuma investigação do caso
está em curso.
acampamento abandonado, a cerca de 20 Km da aldeia Patizal do povo Tenetehara.
A Funai foi informada do episódio em novembro mas nenhuma investigação do caso
está em curso.
“Depois disso não foi mais
visto o grupo isolado. Nesse período os madeireiros estavam lá. Eram muitos.
Agora desapareceram. Não foram mais lá. Até para nós é perigoso andar, imagine
para os isolados”, diz Luís Carlos Tenetehara, que costumava ver os
Awá-Guajá durante caçadas na mata e nunca mais os viu desde que localizou um
acampamento com sinais de incêndio e os restos mortais de uma criança.
visto o grupo isolado. Nesse período os madeireiros estavam lá. Eram muitos.
Agora desapareceram. Não foram mais lá. Até para nós é perigoso andar, imagine
para os isolados”, diz Luís Carlos Tenetehara, que costumava ver os
Awá-Guajá durante caçadas na mata e nunca mais os viu desde que localizou um
acampamento com sinais de incêndio e os restos mortais de uma criança.
Aparentemente, o grupo isolado se dispersou
para outros pontos da Terra Indígena Araribóia, temendo novos ataques. Conforme
relatos dos Tenetehara, nos últimos anos a ação de madeireiros na região tem
feito com que os Awá isolados migrem do centro do território indígena, ficando
cada vez mais expostos aos contatos violentos. A floresta tem sido devastada
pelos madeireiros, o que põe em risco a subsistência do grupo, essencialmente
coletor. Em 26.09.2011, uma índia do povo Canela, Ramkokamekrá Conceição Krion
Canela, 51 anos, foi encontrada morta a pauladas no povoado Escondido, interior
de Barra do Corda (MA). Em outubro do ano passado, uma índia Krikati de 22
anos, doente mental, foi estuprada por um indivíduo identificado como Francildo
Belair de Sousa, coordenador técnico da Terra Indígena, que chegou na Aldeia
Campo Grande armado.
para outros pontos da Terra Indígena Araribóia, temendo novos ataques. Conforme
relatos dos Tenetehara, nos últimos anos a ação de madeireiros na região tem
feito com que os Awá isolados migrem do centro do território indígena, ficando
cada vez mais expostos aos contatos violentos. A floresta tem sido devastada
pelos madeireiros, o que põe em risco a subsistência do grupo, essencialmente
coletor. Em 26.09.2011, uma índia do povo Canela, Ramkokamekrá Conceição Krion
Canela, 51 anos, foi encontrada morta a pauladas no povoado Escondido, interior
de Barra do Corda (MA). Em outubro do ano passado, uma índia Krikati de 22
anos, doente mental, foi estuprada por um indivíduo identificado como Francildo
Belair de Sousa, coordenador técnico da Terra Indígena, que chegou na Aldeia
Campo Grande armado.
Há três grupos isolados na Terra Indígena Araribóia, num total de 60
indígenas. Os Tenetehara conservam relação amistosa e afastada com els, e
dividem o mesmo território.
indígenas. Os Tenetehara conservam relação amistosa e afastada com els, e
dividem o mesmo território.
“A
situação é denunciada há muito tempo. Tem se tornado frequente a presença
desses grupos de madeireiros colocando em risco os indígenas isolados. Nenhuma
medida concreta foi tomada para proteger esses povos”, diz Rosimeire Diniz,
coordenadora do CIMI no Maranhão. Para a missionária, confirmar a presença de
isolados implica na tomada de medidas de proteção por parte das autoridades
competentes.
situação é denunciada há muito tempo. Tem se tornado frequente a presença
desses grupos de madeireiros colocando em risco os indígenas isolados. Nenhuma
medida concreta foi tomada para proteger esses povos”, diz Rosimeire Diniz,
coordenadora do CIMI no Maranhão. Para a missionária, confirmar a presença de
isolados implica na tomada de medidas de proteção por parte das autoridades
competentes.
Durante o ano passado, Awá-Guajá foram atacados
por madeireiros enquanto retiravam mel dentro da terra indígena e os Tenetehara
relatam a presença constante dos madeireiros, além de ameaças e ataques. “Não andamos livremente na mata que é nossa
porque eles estão lá, retirando madeira e nos ameaçando”, denuncia Luís
Carlos Tenetehara.
por madeireiros enquanto retiravam mel dentro da terra indígena e os Tenetehara
relatam a presença constante dos madeireiros, além de ameaças e ataques. “Não andamos livremente na mata que é nossa
porque eles estão lá, retirando madeira e nos ameaçando”, denuncia Luís
Carlos Tenetehara.
O CIMI vai emitir nota oficial pedindo apuração
do assassinato da criança Awá.
do assassinato da criança Awá.
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