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 Forte
do Castelo e Casa das 11 Janelas. Foto Cláudio Santos
 Catedral
da Sé. Foto de Cláudio Santos
 Feira do Açaí
e Ver-O-Peso. Foto Cláudio Santos
 Mangal
das Garças. Foto Cristino Martins
 Museu
Histórico do Estado. Foto Carlos Sodré
Túnel de
Mangueiras na Av. Magalhães Barata. Foto Cláudio Santos
 

31 anos a saída para mim foi o aeroporto em Santarém. Amo Belém, que me acolheu
há décadas e que eu adotei. Mas, para minha filha, que é belemense, o aeroporto
ainda é a serventia de sua cidade. Hoje, aniversário de Belém, o maior
investimento foi para bancar uma artista baiana, com o dinheiro dos contribuintes
da cidade. Tempos difíceis, em que não se pode caminhar nas ruas da cidade, sem
fiscalização de trânsito, sem calçadas – ou, quando existem, esburacadas e
impedidas por placas, telões, mesas, cadeiras e carros estacionados -, além de
lixo, muito lixo.
Num
município em que o gestor e a maioria dos vereadores não se importam com a
qualidade de vida dos habitantes, o transporte público é uma calamidade –
horários e paradas não são respeitados, ônibus são velhos e imundos, condutores
e cobradores desqualificados, passageiros embarcam e desembarcam no meio da rua
-, caminhões trafegam a qualquer hora do dia, estacionam em fila dupla, impedem
cruzamentos, provocam acidentes e infernizam o cotidiano. Do centro à
periferia, a falta de saneamento básico se reflete na lama sobre a qual as
famílias são obrigadas a viver. E a morrer por doenças gastrointestinais e
infecto-contagiosas.
A
memória histórica, artística e cultural de Belém vem sendo apagada pelo
descaso, que permite a ruína e a descaracterização das edificações e
monumentos, pela falta de incentivo às manifestações espontâneas, pela
ignorância de sua importância.
Belém
é linda e única, em sua localização geográfica privilegiada, identidade própria
e marcos dos ciclos que viveu, mas muito mal tratada e abandonada pelo poder
público. Este ano, podemos e devemos mudar isto. Um bom início é exercer no
dia-a-dia a cidadania, fazendo a nossa parte para tornar Belém uma cidade mais
humana, saudável e agradável. E utilizar a arma cívica, o voto, para
revolucionar a gestão. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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