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Leiam
o relato de Alessandro
Martins do Couto
, que trabalha na Santa Casa de Misericórdia do Pará, vota
no candidato do PSDB a prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, e põe em destaque na
sua página do Facebook a primeira dama Ana Jatene. Digo isto para que vejam se tratar
de alguém que não pode ser chamado de adversário político do governador Simão Jatene
e nem mesmo de implicante, se é que
me entendem. E por favor, alguém da roda,
da panelinha, explique ao ilustre e
douto secretário de Estado de Comunicação do Pará, Ney Messias Jr., quais são
os deveres do Governo d0 Estado. E também quais as atribuições da Comunicação
governamental. Esclareçam que não é ofender a todos quantos ousam apresentar
críticas. Que sua obrigação é trabalhar pela instituição de um canal entre a
máquina administrativa e a população. E que para defender a imagem do governo
é, sobretudo, preciso verossimilhança e credibilidade.
O
Sindicato dos Médicos do Pará vai protocolar uma representação no MPE e MPF
contra a Fundação Santa Casa pela falta de atendimento correto aos recém-nascidos
no hospital. Segundo os médicos, profissionais escolhem quem vai ter prioridade 
no atendimento e não morrer

Falta de leitos, de aparelhos respiratórios e um
agravante a tudo isso: falta de diálogo com a direção do hospital. Esses são
alguns dos problemas da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, apontados
pelo diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), João Gouvêa. Segundo
ele, ainda hoje a entidade entrará com representações contra a fundação nos
Ministérios Públicos Estadual e Federal, no Conselho Regional de Medicina e na
Divisão de Investigações e Operação Especiais (DIOE) da Polícia Civil.

A Fundação Santa Casa é um hospital que atende 100%
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e está cadastrado como referência na atenção
à gestante de alto risco e ao recém nascido. O sindicato afirma que há cerca de
20 dias, vários médicos funcionários da Santa Casa procuram a entidade para
tomarem alguma atitude em relação à atual situação do atendimento aos
recém-nascidos no hospital. “Não tem condições para um médico trabalhar lá, é
uma situação de estresse muito grande você não ter como atender os pacientes.
Vários estão saindo de lá e se fosse eu também já teria saído’, afirma Gouvêa.

O diretor explica que a falta de leitos na Unidade
de Tratamento Intensivo (UTI) está lotando a Unidade de Cuidados Intermediários
(UCI) e até a enfermaria com pacientes que precisariam estar na UTI. Segundo
ele, “A UCI é um espaço intermediários para aqueles bebês que saíram da UTI,
mas ainda não podem ir para a enfermaria ou para aqueles que precisam sair da
enfermaria e receber mais cuidados na UCI. O que acontece é que como a UTI só
tem 20 leitos, os pacientes graves são atendidos nos 60 da UCI e, às vezes, são
atendidos até na enfermaria”, explica o médico.


Em sua página na rede social “Twitter”, o
Secretário de Comunicação do Estado, Ney Messias Júnior, afirma que “esta
é uma superlotação fabricada e que estoura na Santa Casa”. E critica a denúncia
feita pelos profissionais de saúde: “se os médicos querem ajudar de verdade,
deveriam denunciar os hospitais particulares que não estão recebendo pacientes
do SUS”, rebate o secretário.

Sobre a declaração do Secretário, o diretor do
Sindmepa afirma que existe sim essa tendência de os hospitais particulares não
atenderem mais pelo SUS devido baixo valor pago pelo atendimento e que existe
uma deficiência no atendimento pré-natal dos municípios, mas que esse é um
problema que a Secretaria Estadual de Saúde deve resolver. “Sabemos que existem
esses problemas, mas precisamos de solução, não podemos deixar recém-nascidos
morrerem por razões evitáveis”. Para ele a resposta do Governo “é muito
simplista e não podemos compactuar com isso. Crianças estão morrendo”,
responde.


A escolha de Sofia – Gouvêa afirma, também, que existem
casos de recém-nascidos precisarem de um aparelho respiratório que só teria na
UTI e, por isso, não terem atendimento correto. “Eles tem que avaliar quem eles
ainda podem salvar com aquele aparelho e acabam tendo que fazer a escolha de
Sofia”, conta João Gouvea se referindo ao filme americano de 1982 que conta a
história de uma mãe polonesa presa em um campo de concentração na Segunda
Guerra que é forçada, por um soldado nazista, a escolher um dos dois filhos
para ser morto. Se ela não escolhesse, ambos seriam mortos.

Para ele, o problema ainda deve piorar já que
vários profissionais estão alegando estresse e afirmando que querem deixar de
atender no hospital. “Vários profissionais estão pensando em sair de lá porque
eles tem medo de serem responsabilizados por alguma fatalidade que aconteça”.
Por isso, o sindicato entrará com uma denúncia no Conselho Regional de Medicina
para que “o conselho avalie eticamente se existem condições para que médicos
trabalhem lá”, afirma o médico.

O Sindicato vai aguardar a decisão dos órgãos
acionados para decidirem os próximos passos.

Denúncia – A situação do hospital veio à tona
quando um médico pediatra da Santa Casa de Misericórdia denunciou à polícia na
terça-feira (10), que 12 bebês recém-nascidos, internados em estado grave,
estariam recebendo atendimentos em locais intermediários. O médico que não quis
se identificar informou que os bebês necessitam de tratamentos especiais na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, mas estariam sendo tratados, de
forma improvisada, em outros locais que não possuem suporte necessário para
estes casos.

Na ocasião, a gerente de neonatologia, Vânia Pinto,
confirmou que há superlotação na unidade, mas segunda ela, apenas dois bebês
aguardavam a transferência para UTI. “As crianças já estavam dentro da unidade,
o que significa que elas já estavam recebendo os primeiros tratamentos
corretos”, garantiu.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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