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O aproveitamento energético associado
ao uso múltiplo da água, com a construção de eclusas simultaneamente às usinas
hidrelétricas, de modo a permitir a navegação e o surgimento de incontáveis
negócios e geração de emprego e renda, com o devido cuidado ambiental, está
sendo defendido pelo presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda(DEM), que vai
liderar um amplo debate sobre a questão, que está na ordem do dia,
principalmente agora que, além da construção da UHE-Belo Monte, estão previstas
novas barragens nos rios Tapajós e Teles Pires.
Para viabilizar a hidrovia Tapajós-Teles Pires, com
a construção simultânea de 14 eclusas com as cinco hidrelétricas previstas para
o rio Teles Pires, seriam necessários R$ 6,1 bilhões em investimentos. A
estimativa está em estudo preliminar do Mato Grosso.
As eclusas garantiriam a passagem de barcos onde há
desníveis, tornando os 1.883 Km navegáveis, ligando o Norte de Mato Grosso ao
Pará. O estudo aponta o custo de R$ 4,5 bilhões para a construção de sete
eclusas em hidrelétricas (onde é gerada energia elétrica com a passagem de água
por turbinas hidráulicas), três no rio Tapajós e quatro no rio Teles Pires.
Para a construção das outras sete eclusas sem hidroeletricidade, uma no Tapajós
e seis no Teles Pires, precisariam ser investidos R$ 885 milhões.
Ainda segundo as estimativas do estudo, teriam que
ser investidos R$ 60 milhões no desmonte de rochas a seco, nos remansos dos
reservatórios, mais R$ 350 milhões para a remoção das rochas e R$ 70 milhões
para a limpeza, além de R$ 200 milhões para abertura de canais de navegação
fora dos leitos dos rios e R$ 20 milhões para sinalização.
Após a concretização da obra, R$ 20 milhões teriam
que ser investidos anualmente na manutenção da hidrovia (800 Km no rio Tapajós
e 1.083 Km no Teles Pires), e R$ 30 milhões na manutenção das eclusas. O estudo
revela que quatro eclusas seriam construídas no rio Tapajós e dez no Teles
Pires.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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