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O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e de doenças evitáveis e para a sustentabilidade ambiental”. Com essa mensagem, o papa Francisco convida as pessoas a se mobilizarem, a partir de suas comunidades, para promoção da Justiça e do direito ao saneamento básico, na Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016.
Lançada ontem (10) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a campanha alerta sobre o direito de todas as pessoas ao saneamento básico e debate políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro do meio ambiente. Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”, trata do desenvolvimento, da saúde integral e da qualidade de vida dos cidadãos. 



O tema é oportuno. Mais da metade dos brasileiros não tem acesso à rede de coleta de esgoto e apenas 40% dos esgotos são tratados. Como se sabe, o saneamento promove a inclusão social e a garantia dos principais instrumentos de proteção da qualidade dos recursos hídricos e dos inibidores de doenças, como cólera, febre amarela, chikungunya, dengue, diarreia, bem como evita a proliferação do vírus Zika.


Este ano, a campanha ecumênica conta também com o apoio da Misereor, entidade da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e da América Latina, além da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia; da Aliança Batista; da Igreja Presbiteriana Unida; e da Igreja Anglicana. 


O diretor geral da Misereor, monsenhor Pirmim Spiegel, citou o acordo Rio 92, o subtítulo da encíclica do papa Francisco sobre o cuidado da casa comum e o apelo das Nações Unidas para que as religiões e as Igrejas contribuam para solucionar os grandes problemas do planeta. Ao recordar o Ano Santo e as palavras de dom Helder Câmara, afirmou que como cristãos e cristãs não podemos ser indiferentes ao que o nosso próximo sofre.
Nós estamos convencidos de que as verdadeiras fronteiras não são entre os países, mas, sim quem é livre e não livre, entre ser rico e pobre, entre ter acesso e não ter acesso aos serviços essenciais. Por meio desta Campanha da Fraternidade, conjunta e internacional, queremos ser um sinal de esperança e abrir caminho para o sonho de Deus, que haja direito e justiça para todos”, pregou.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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