Publicado em: 7 de abril de 2011
A dependência alcoólica é um gravíssimo problema de saúde pública. Causa 1,8 milhão de mortes por ano no mundo. O uso abusivo de bebidas alcoólicas aumenta a probabilidade de acidentes de trânsito, situações de violência e gravidez não planejada, além de expor os alcoólatras a problemas de saúde. Mundialmente, a estimativa anual de gasto com problemas relacionados ao consumo nocivo varia entre 0,6% e 2% do PIB global, o que significa, aproximadamente, US$ 210 milhões a US$ 665 milhões.
Dados do IBGE mostram que cerca de 59,5 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de doença crônica no Brasil. Em cada dez brasileiros, três estão doentes. Entre as mulheres, 35,2% são afetadas, contra 27,2% dos homens. A que mais atinge a todos é a hipertensão. Em seguida, os problemas de coluna, que acometem 13,5% da sociedade e são evitáveis e relacionadas, principalmente, ao sedentarismo.
Deficiências de audição e da fala são problemas ainda pouco discutidos pela sociedade, mas que interferem na vida de muita gente. A Organização Mundial da Saúde estima que 42 milhões de pessoas acima de três anos de idade são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva, de grau moderado a profundo. Segundo o Censo 2000, a auditiva ocupa o terceiro lugar entre todas as deficiências do Brasil, representando 16,7% do total da população que tem algum tipo.
Já sobre a fala, segundo o Instituto Brasileiro de Fluência, a incidência da gagueira é de 5% da população. Ou seja, 9,5 milhões de brasileiros estão passando por um período de gagueira neste momento. O número é maior do que a população da cidade do Rio de Janeiro. A prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, 1,9 milhão de brasileiros (mais que a população de Manaus ou Curitiba) gagueja há muitos anos de forma persistente.
Fatores como sedentarismo, alterações hormonais, hereditariedade, obesidade, cigarro, uso diário do salto alto, gravidez, ficar muito tempo na posição em pé ou sentada, entre outros, podem aumentar a incidência de problemas circulatórios.
O neurotrauma é outro grave problema de saúde pública no Brasil, que pode ocorrer em diversas situações. Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, aproximadamente R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no País. Em 2005, cada vítima grave de trauma custou cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos. Estima-se que ocorram 10 mil novos casos de lesão medular no Brasil por ano.
As causas do Traumatismo Crânio-Encefálico, tipo de neurotrauma e uma das principais causas de mortalidade e morbidade, superado apenas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, têm como causas mais comuns acidentes automobilísticos (incluindo motos) – 50%; quedas – 21%; assaltos, agressões e armas de fogo – 12%; esportes e recreação – 10%; e outros – 7%. As sequelas mais comuns são epilepsias, alterações motoras (paralisias), alterações cognitivas e do comportamento. Os dados são da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
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