Publicado em: 17 de janeiro de 2017
A desigualdade de renda está maior do que nunca. A Oxfam, confederação de ONGs presente em 94 países, incluindo o Brasil, apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, relatório intitulado “Uma economia para os 99%”, mostrando que os oito homens mais ricos do mundo têm tanto dinheiro quanto os 3,6 bilhões que compõem a metade mais pobre da humanidade. Antes, era estimado que 62 pessoas correspondessem a essa parcela da população. Desde 2015, o 1% mais rico detém mais dinheiro que o resto do planeta somado. No início da década, eram 388 indivíduos com a mesma proporção da riqueza de 3,5 bilhões de pessoas.
Pesquisa do economista Thomas Piketty verificou que, nos últimos 30 anos, a renda dos 50% mais pobres nos Estados Unidos permaneceu inalterada, enquanto a do 1% mais rico aumentou 300%. O estudo revela que, se não for combatida, a desigualdade crescente pode desintegrar as sociedades. Ela aumenta a criminalidade e a insegurança e mina o combate à pobreza. Gera mais pessoas vivendo com medo do que com esperança.
O relatório detalha, ainda, como os grandes negócios e os indivíduos que mais detêm a riqueza mundial estão se alimentando da crise econômica, pagando menos impostos, reduzindo salários e usando seu poder para influenciar a política em seus países.
A diferença de gênero se soma ao abismo de riqueza. As mulheres tendem a se concentrar na metade inferior da distribuição de renda. No mundo, a chance de mulheres participarem do mercado de trabalho remunerado é cerca de 27% menor do que a dos homens, em média.
Mais: em empregos formais, é comum que as mulheres recebam salários de 31% a 75% menores devido à lacuna de remuneração e a outras desigualdades econômicas, como a falta de acesso a proteção social, que se acumulam e as deixam em situações bem piores ao longo da vida.
Mesmo em economias avançadas, onde a disparidade de escolaridade de gêneros já foi, em grande parte, eliminada, os homens continuam a ser maioria entre o grupo de alta renda. Na Dinamarca, em 2013, as mulheres representavam apenas 31% do grupo dos 10% com renda mais alta. No mesmo ano, no Canadá, esse porcentual era de 30%; na Nova Zelândia, de 29%; e no Reino Unido, de 28%. Na Itália, em 2014, as mulheres eram 29% do grupo.
Mais: em empregos formais, é comum que as mulheres recebam salários de 31% a 75% menores devido à lacuna de remuneração e a outras desigualdades econômicas, como a falta de acesso a proteção social, que se acumulam e as deixam em situações bem piores ao longo da vida.
Mesmo em economias avançadas, onde a disparidade de escolaridade de gêneros já foi, em grande parte, eliminada, os homens continuam a ser maioria entre o grupo de alta renda. Na Dinamarca, em 2013, as mulheres representavam apenas 31% do grupo dos 10% com renda mais alta. No mesmo ano, no Canadá, esse porcentual era de 30%; na Nova Zelândia, de 29%; e no Reino Unido, de 28%. Na Itália, em 2014, as mulheres eram 29% do grupo.
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