Publicado em: 23 de dezembro de 2017

FOTO: CARLOS SODRÉ
A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, que festeja seus 20 anos, encerrou a temporada 2017 com “Ressurreição”, a sinfonia nº. 2 em dó menor de Gustav Mahler (1860-1911). A regência dos cem músicos pelo maestro titular da OSTP, Miguel Campos Neto, em mais de uma hora de concerto, encantou e emocionou a plateia.
Texto e música proporcionam experimentar sentimentos de fé e esperança, transformação e perda, vida, morte e ressurreição. A peça demorou seis anos para ser composta, e depois de concluir o primeiro movimento, Mahler imaginou que não poderia continuar a obra, porque só ele já era absurdamente grande.
Mas o compositor se inspirou na morte do grande maestro Von Bullöw para prosseguir a obra, e o segundo movimento é quase alegre: afinal de contas a vida continua para quem não morre. Já o terceiro movimento é baseado em uma canção de autoria do próprio Mahler sobre o sermão de Santo Antônio aos peixes. O quarto movimento é considerado por muitos a mais bela canção composta por Mahler: Urlicht (Luz primordial/inicial). É o menor da obra, a voz humana entra numa sinfonia pela primeira vez depois da nona sinfonia de Beethoven. No quinto, vem a gigantesca parte coral o anúncio da Ressurreição.
O Coro do Festival de Ópera, regido pelo maestro Vanildo Monteiro, e as solistas Ana Paula Benedetti (mezzo-soprano) e Kézia Andrade (soprano) participaram da apresentação, escolha acertadíssima do diretor artístico do Theatro da Paz, Gilberto Chaves.
O espetáculo foi uma realização do Governo do Pará, via Secult e Academia Paraense de Música, com apoio da Rede Cultura de Comunicação, Instituto de Ciências da Arte da UFPA, Fundação Amazônica de Música, Instituto Estadual Carlos Gomes, Museu do Estado do Pará e Sistema Integrado de Teatros. E ainda teve a parceria do 7º Festival Música na Estrada, do governo federal, via MinC, por meio da Lei Rouanet e da Kommitment Produções Artísticas, apresentado pela Caixa Seguradora com o patrocínio máster do BNDES.
Comentários