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A Vale e Eike Batista estão numa briga de foice no escuro para substituir o grupo Bertin no consórcio de construção de UHE-Belo Monte. A Eletrobras diz que prefere a Vale, por ser autoprodutora e grande consumidora da energia elétrica a ser produzida pela futura usina. Além disso, conhece o projeto: participou do leilão, aliada à construtora Andrade Gutierrez.

Já o estilo agressivo de Eike Batista e seu perfil especulador provocam desconfiança do governo. Ninguém duvida que, na hora em que for mais lucrativo, ele cai fora do empreendimento sem a menor cerimônia.

O governo federal jura que a definição do substituto da Bertin é o último empecilho para garantir o início das obras e que não está preocupado com a derrubada da licença ambiental.

Mas não é o que o atual presidente do Ibama, Curt Trennepohl, declara. O fato é que as condicionantes ainda não foram cumpridas, o MPF e a sociedade estão de olho e – detalhe significativo – a presidente Dilma acena com contingenciamento de recursos para novas obras. Do que se depreende que não é para já a construção da hidrelétrica.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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