A Vale e Eike Batista estão numa briga de foice no escuro para substituir o grupo Bertin no consórcio de construção de UHE-Belo Monte. A Eletrobras diz que prefere a Vale, por ser autoprodutora e grande consumidora da energia elétrica a ser produzida pela futura usina. Além disso, conhece o projeto: participou do leilão, aliada à construtora Andrade Gutierrez.
Já o estilo agressivo de Eike Batista e seu perfil especulador provocam desconfiança do governo. Ninguém duvida que, na hora em que for mais lucrativo, ele cai fora do empreendimento sem a menor cerimônia.
O governo federal jura que a definição do substituto da Bertin é o último empecilho para garantir o início das obras e que não está preocupado com a derrubada da licença ambiental.
Mas não é o que o atual presidente do Ibama, Curt Trennepohl, declara. O fato é que as condicionantes ainda não foram cumpridas, o MPF e a sociedade estão de olho e – detalhe significativo – a presidente Dilma acena com contingenciamento de recursos para novas obras. Do que se depreende que não é para já a construção da hidrelétrica.
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