A vida e a obra do professor Francisco Paulo Mendes, um dos expoentes da literatura paraense, foram lembradas por professores, poetas e estudantes, hoje, durante o encontro Mestre Chico: memória, crítica e poética, realizado na Editora da Universidade do Estado do Pará.
Mestre Chico foi professor de literatura, crítico e fazedor de poetas, segundo o filósofo Benedito Nunes, outro grande intelectual paraense. Ao longo do século XX, Mendes participou da formação de escritores como Haroldo Maranhão, Mário Faustino e Paulo Plínio Abreu.
O encontro é alusivo aos 10 anos de morte do professor, e resulta da parceria entre a Eduepa, o grupo de pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas, professores do Centro de Ciências Sociais e Educação, Programa de Pós-graduação em Educação da Uepa e grupo de pesquisa Rotas do Mito, da UFPA.
Benedito Nunes participou da conferência de abertura do encontro e falou sobre as várias faces de Mestre Chico, com quem conviveu por vários anos e dividiu a mesa do Café Central, ponto de encontro dos principais intelectuais paraenses na década de 70, em Belém.
“Ele não gostava de escrever. Gostava de falar. Ensinava como quem conversasse com os alunos. E dominava a paixão pela leitura. Nem riscava os livros. Marcava as páginas com um quarto de página de papel, no qual fazia suas anotações“, contou Benedito Nunes, que também comentou a obra Raízes do Romantismo, de Francisco Paulo Mendes.
Participaram do encontro a professora Josebel Akel Fares (Uepa) e os professores José Denis Oliveira (Uepa/UFPA) e José Guilherme Fernandes (UFPA). O encontro faz parte do projeto Memórias de Mestre, que conta a história de Belém a partir de fatos narrados por belemenses com mais de 60 anos.
À tarde, o encontro continuou com a mesa redonda Chico Mendes e a formação da intelectualidade paraense no século XX, com os professores Nilson Oliveira, José Guilherme Fernandes e José Denis Oliveira.
(com informações da Ascom/Uepa)
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