É de clamar aos céus a situação de miséria no Arquipélago do Marajó. Toda a região está em situação crítica. A malária grassa nos municípios.
Em Curralinho, só em janeiro deste ano, foram registrados 1.068 novos casos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Em 2010, o total de casos chegou a 13 mil. Falta tudo, até mesmo microscópios para ajudar no diagnóstico, já que a rapidez na análise da coleta de sangue pode ajudar a combater a doença.
O município tem apenas 14 pessoas atuando nas comunidades na prevenção de doenças endêmicas. A Sespa conta apenas com um técnico para este trabalho, mas ele está – pasmem! – de licença. E não há sequer um servidor do Ministério da Saúde no combate à malária em Curralinho, cuja população é de 30 mil habitantes. A estrutura municipal de apoio ao combate da endemia dispõe de dois barcos e duas lanchas voadeiras, mas precisa de alimentação e combustível para que os técnicos se desloquem pelo interior.