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Nesta terça-feira, 18, às 18h30, no Teatro Waldemar Henrique, os escritores Daniel da Rocha Leite e Geovane Belo fazem a performance Entre Águas, Palavras, Rios e Partilhas”. Será um mergulho poético na oralidade amazônida, com histórias-vivências carregadas de sonho e de conexão com as águas. Eles vão declamar, com toda a carga dramática arrebatadora e emocionante, “A história das crianças que plantaram um rio” (de Daniel) e “Cartas para meu pai” (de Geovane). São duas adaptações dos livros premiados dos autores, no formato de Contação de histórias.

A apresentação é dividida em três cenas que entrelaçam passado, presente e futuro. A primeira, intitulada “Vozes do passado prenhes de Amazônia”, é permeada pela poesia do século XIX e o modernismo no Pará, falando das águas, do clima, de práticas culturais de cuidado e de afeto. Na segunda cena, “As ribeiras do ser e os rios da linguagem”, o narrar é ato de partilha e do cultivo das esperanças. A última, “Amazônia, rio que sonha outro ser”, envolve poemas que falam do futuro no agora, extratos da literatura indígena, contos e poemas que denunciam, reafirmam o cuidado com a natureza, com o clima e falam dos riscos de um futuro distópico.

Poeta, prosador, contista, cronista e romancista, Daniel tem um texto impactante e inspirador. Guarda segredos nas entrelinhas, transita por diversos formatos, derrama força e sensibilidade. Geovane Belo é poeta, cronista e professor, e sua obra juvenil “Cartas para meu pai, o boto” conta, a partir do imaginário social e da perspectiva de uma menina, o mito do boto, ressignificado e questionado pela personagem que cresce com a sina de ser chamada “Filha de um boto”, em uma comunidade próxima a Afuá, no arquipélago do Marajó.

O acesso é livre e gratuito, até a lotação de 200 pessoas. O Teatro Waldemar Henrique fica na Praça da República, em Belém do Pará, e sedia a Central da COP, espaço cultural para a COP30, promovido pelo Observatório do Clima.





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