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Quando a Franssinete me chamou pra escrever esta coluna, ela primeiro perguntou: “o que é um oraculista?” Foi aí que percebi que chegava o momento de falar sobre isso. Afinal, o que faz um oraculista e porque eu assino assim?

Ler oráculos é a resposta direta. E esses oráculos podem ou não incluir o tarô clássico, mas junto com ele as mais diversas formas de cartas e baralhos podem vir. A minha jornada começou com o “Oráculo da Deusa”, lá por 2016. Foi estudando os arquétipos das deusas que as cartas traziam que descobri o quanto de terapia havia (e há) nesse trabalho, especialmente quando nos colocamos inteiramente a serviço do outro no momento da leitura. Isto é ser um oraculista.

Os oráculos são formas de nos fazer olhar para lugares que, muitas vezes, não estamos conseguindo ver. Cada mensagem pode vir como um espelho ou como um indicativo de caminho. E cada oráculo tem sua própria história, sabedoria e forma de meditação para a ação. Cabe ao oraculista perceber com qual dos oráculos cada pessoa precisa se consultar.

É claro que, sozinhos, os oráculos não tem como tratar ninguém. Eles  mostram o que pode ser, mas revelam também as ferramentas mais adequadas para quem está se consultando, seja um tratamento com aromaterapia, constelação familiar ou mesmo a psicanálise. O oraculista lê a mensagem do oráculo, mas, ao contrário de Delfos, as mensagens não são sentenças.

Nos meus estudos tenho trazido As Cartas Xamânicas, o Oráculo de Kuan Yin (a deusa chinesa da compaixão), o Tarô da Fitoenergética, Baralho de Lenormand e o Tarô Mitológico, além é claro, do Oráculo da Deusa, que foi quem me iniciou. São conjuntos de cartas que podem ser lidos separadamente ou utilizando dois ou mais baralhos. Tudo depende do que o consulente precisa e do quanto está disposto a olhar para si ou para a situação que está trazendo.

Costumo dizer ainda que o tarô não é “fofoqueiro”, por isso não respondemos questões sobre doenças ou mortes e nem sobre a vida de outras pessoas. Por exemplo: se você quer saber se o caminho que seu filho tomou é um bom caminho, peça para ele mesmo consultar o oráculo ao invés de você, simples assim. Acima de tudo ser oraculista é saber que não há nenhum poder em nós, mas que toda clareza vem do Poder Superior. Ler um oráculo é uma forma de nos lembrar que somos instrumentos do Divino e que a adivinhação só existe porque o Mestre Maior permite.

Dani Franco
Dani Franco é jornalista (MTB 1749), gestora cultura, oraculista (leitura de cartas e tarô) e aromaterapeuta (filiada à ABRAROMA nºS545)

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